por O Globo -
Desta vez a causa dos transtornos foi uma passeata de supremacistas brancos, enquanto em julho de 2016 — o mais recente grande episódio de tensão racial nos EUA — a violência foi decorrente de manifestações de negros revoltados com a morte de jovens por policiais brancos. Um carro bateu em outros dois e avançou sobre manifestantes, e o motorista foi preso. Os dois grupos se enfrentaram e pelo menos 19 pessoas ficaram feridas no incidente com o carro e 15 nos confrontos. Num acidente em separado, dois ocupantes de um helicóptero da polícia morreram quando a aeronave caiu num bosque a 11km da cidade, num episódio que as autoridades não vincularam de imediato aos confrontos.
O governador da Virgínia, Terry McAuliffe, decretou estado de emergência na cidade, que tem 50 mil habitantes.
Grupos de nacionalistas brancos, neonazistas e membros da Ku Klux Klan (KKK) se reuniram na cidade, a 190km de Washington, para protestar contra a retirada de uma estátua do general confederado Robert E. Lee, que lutou pela independência dos estados do Sul para evitar a abolição da escravatura nos EUA. Na noite de sexta, véspera da manifestação “Unir a Direita”, o grupo desfilou pelo campus da Universidade da Virgínia com palavras de ódio contra negros, judeus, imigrantes e gays. Com isso, grupos antirracismo e antifascismo marcaram uma contramanifestação nos mesmos local e horário no sábado, quando houve o confronto, com porretes, escudos, tochas, spray de pimenta e briga corporal.
0 comentários: